terça-feira, 13 de novembro de 2012

‘Consumo é uma espécie de terapia’, afirma o filósofo Gilles Lipovetsky


Edição do dia 13/11/2012
13/11/2012 14h08 - Atualizado em 13/11/2012 14h08


Para pensador, há homens que ainda são movidos por valores éticos e culturais, protestam contra injustiças e não pensam só em ganhar dinheiro.




Autor do conceito de hipermodernidade, Gilles Lipovetsky acredita que viver não é sinônimo de consumir. “O consumo é uma espécie de terapia, uma maneira de fugir da velhice e da rotina”, afirma o filósofo. No entanto, ele destaca que nem tudo foi canibalizado pelo mercado e que ainda há homens que são movidos por valores éticos e culturais, que lutam contra injustiças e não pensam apenas em enriquecer.
O luxo, porém, cativa cada vez mais os indivíduos. “O luxo não conhece crise, porque o planeta está ficando mais rico. A concentração de riqueza é cada vez maior”, aponta o filósofo. Diferentemente do que acontecia no passado, quando se aceitava que o luxo estava destinado aos ricos, as pessoas querem hoje participar desse mercado.
A crise por que passam Estados Unidos e Europa não põe em xeque o desejo de consumir, mas aponta para a necessidade de transformar o consumo. Segundo Lipovestky, é preciso rever o modelo, sem demonizar o consumo. “A solução não está em uma espécie de cruzada ascética para gerar culpa nos consumidores”, diz.
O filósofo acredita que a educação ocupa um lugar importante na mudança de mentalidade. “O papel da escola é suscitar nas pessoas o gosto pelo empreendimento para que elas não sejam apenas consumidoras”, avalia. A internet, tida por muitas como capaz de revolucionar a educação, não é desconsiderada por Lipovetsky, mas o autor acredita que os professores são fundamentais.
Para assistir a entrevista completa acesse http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2012/11/consumo-e-uma-especie-de-terapia-afirma-o-filosofo-gilles-lipovetsky.html

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